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Tédio

  • Foto do escritor: Daniel Fernandes
    Daniel Fernandes
  • 4 de mar.
  • 1 min de leitura



Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

 

Teto de tristes trepadeiras,

adornado de tênues teias tortas.

Porto tímido onde a vida finda

 

Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

 

Vasto tempo

se o teu lamento é doce

eterno todo teu sofrimento,

danoso teu doente adiar.

 

Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

 

O temor que tolhe teu canto triste

e tua trêmula cadência adúltera

mata todo o sentir.

 

Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

 

Arrastado tédio,

de tolo medo doentio,

torpe lentidão a tudo adiar.

 

Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

 

Dias de segundos contados em gotas tristes

Lento tempo dado, suado, a se arrastar.

 

Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

 

Onde a dádiva da abençoada dor?

Onde a desejada morte obter?

Tenebroso tempo deixa-me partir.

 

Sonolento é o tempo

Tedioso é o túmulo, solitária é a tumba.

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